sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

UM DOS BRAVOS CHEGOU

Por Felipe Sandrin

Não é o jogador dos sonhos, mas reúne todos os requisitos para chegar e ser titular. Herrera é identificado com a torcida, tem o jeito de jogar que gostamos e trás consigo a convicção de “desistir jamais”.

A princípio, a contratação de tal jogador não me despertava interesse, lembrava de sua primeira passagem, da sua força de vontade, mas de muitos poucos gols. A verdade é que Herrera já não é o mesmo jogador que vestiu nossa camisa em 2006. Ficou a força de vontade e chegaram muitas outras virtudes de lá pra cá: a técnica evoluiu, o posicionamento é ótimo e os gols saem com muito mais facilidade.

O Grêmio que contrata atacantes é o Grêmio de Koff, da filosofia que anteriormente já deu resultados. Querem ainda o Maxi, mas agora já não é tão fundamental.

Não é o jogador dos sonhos, mas o que se viu nesta madrugada junto à chegada de Herrera é a previa da força desta torcida, do que ela busca e do quanto ela exigirá. Falta quase um mês para o início da Libertadores, e as coisas já estão assim. Imagine então o que está por vir.

Que Herrera chegue abençoado para nunca mais partir, que fique em nossa lembrança também a madrugada de 30 de janeiro, o dia em que um dos bravos chegou para um time que se fadava à maior das conquistas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

FAÇAM JUS.

Por Silvio Pilau


Sempre fico com um pé atrás quando um jogador das categorias de base surge como craque. Normalmente, a expectativa pela revelação de um grande futebolista é tanta que qualquer piá capaz de fazer três embaixadinhas logo é tratado como o novo Pelé. Não são poucas as vezes nas quais jovens de talento são prejudicados por toda essa pressão e outros de nem tanta qualidade são tomados como salvadores da pátria. Claro que existem os que dão certo, mas para cada Ronaldinho, existem dezenas de Brunos, que jamais chegam onde prometiam.

Dizem que um novo craque surge no Olímpico no corpo de Douglas Costa. Escrevo "dizem" porque ainda não tenho opinião formada sobre ele. Não vi Douglas além das duas ou três partidas pelo time principal ano passado e um jogo agora, pela seleção sub-20. Até agora, o futebol apresentado não está nem perto da expectativa criada em torno dele. É sem dúvida, um jogador habilidoso, que sabe bater na bola, mas entre isso e ser chamado de craque existe um longo caminho a percorrer.

No entanto, assim como não digo que Douglas é um grande jogador, também não digo que não é. Apenas prefiro esperar para dar mais tempo ao guri. Acredito que ele pode se tornar craque, mas para isso é preciso tranquilidade por parte da torcida e, principalmente, da imprensa. Ele precisa de espaço, não pressão. Mas o espaço não é o de ser poupado. Precisa de espaço dentro das quatro linhas. Precisa de chances para jogar. Precisa de uma bola no pé para realmente provar a sua capacidade e mostrar que pode ser um dos grandes jogadores brasileiros nos próximos anos.

O Grêmio pode ter em Douglas Costa uma grande pérola que só precisa ser lapidada. Por isso, fico receoso quando leio que Celso Roth tem dúvidas em colocar ele e Maylson na lista dos inscritos para a Libertadores. Maylson, tudo bem. Nunca mostrou nada. Mas Douglas precisa estar na Libertadores, nem que seja no banco. Se possui tanta qualidade assim como dizem, pode se tornar uma excelente arma nessa competição tão difícil e dura. Será pressão para ele? Claro que sim. Mas somente dessa forma seu futebol vai amadurecer e, quem sabe, chegar onde todos esperam.

Aproveito esse assunto para mandar uma mensagem a todos os jogadores. No dia 23 de fevereiro, a diretoria gremista entrega à Conmebol a lista completa dos atletas inscritos para disputar a competição mais importante da América. Portanto, vocês têm menos de um mês para provar que merecem esse privilégio. Menos de um mês para suar a camisa e jogar com a raça que se espera de um atleta gremista. Menos de um mês para deixar qualquer vaidade de lado e entrar em campo com o único objetivo de se entregar pela vitória. Somente assim, somente quem agir dessa forma, terá seu lugar garantido no time titular. Tenham em mente, sempre, que disputar uma Libertadores não é para qualquer um. Disputá-la vestindo as cores do Grêmio, então, para pouquíssimos.

Douglas e demais atletas, façam jus.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

SONHAR NAS HORAS CERTAS.

Por Felipe Sandrin


Início de temporada, fico assim: contido diante o que escrever. O futebol oscila demais nesta época: o preparo físico não é ideal, não há o devido entrosamento, reforços por chegar. Eu, como torcedor, fico mais na expectativa do que propriamente na avaliação.

Terminamos a temporada passada elétricos, eufóricos, no ritmo de uma decisão a cada partida. Ai, o ano começa e vem este mormaço. Hora pegamos uma equipe fraca que apanha feio; na partida seguinte, uma equipe fraca, mas que joga a vida: definitivamente não dá pra avaliar com convicção. O que falar do Grêmio então? Nossa equipe é mais qualificada ou não que a do ano passado?

Por hora, o que mais me agrada é o esforço da direção por jogadores. Não é novidade para ninguém que os cofres do clube não permitem grandes investimentos, porém, notamos a luta de nossos dirigentes na busca por jogadores qualificados que acrescentem ao grupo.

Disse-me um nobre conselheiro: "Nós jogamos a Libertadores em nosso centenário... E no deles também". A frase mostra as reais pretensões do clube, e para ser sincero: esta é a maior campanha prol Libertadores que já vivenciei no clube.

À medida que os dias passam, que jogos acontecem, nós torcedores voltaremos ao embalo que a banda loca toca. Mas o que fazer até lá?

Não podemos esquecer o presente, mesmo que muitos de nós já pensem no futuro. O melhor mesmo é mantermos os pés no chão, não darmos espaço para surpresas desagradáveis e sonhar nas horas certas, para que ninguém possa nos acordar antes de um final feliz.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

AS BODAS DE PRATA DE UM RUBRICA.

Por Ricardo Lacerda


Eu devia ter uns sete ou oito anos quando fui nas bodas de prata de um primo da minha mãe. Foi no Morro Azul, ali pertinho de Torres. Apesar de não ter muita pompa e grã-finagem, a festa era daquelas bem boas, em que a gente encontra um mundaréu de parente que nunca viu, come e bebe tri bem. Entre uma sacudida de La Bamba e outra de Roberto Carlos, o que me marcou mesmo foi que entornei oito garrafas de Mirinda – a inolvidável Mirinda.

O que passou batido naquela noite de verão, de fim de anos 80, foi o mote da festa. Sim, eu sabia que eram bodas de prata, mas afinal, o que significava uma festa de bodas de prata? Muito tempo depois, e meio sem querer, descobri que se comemora a tal bodas de prata quando dois alguéns conseguem a façanha de se aturar por 25 anos. Pois bem. De lá pra cá, me dei conta de que não é só quando algum casal chega lá que se festeja o quarto de século de alguma coisa. Hoje, exatamente hoje, 26 de janeiro de 2009, a falange de sangue azul, preto e branco comemora uma importante boda de prata. Vinte e cinco anos atrás, vencemos o primeiro Gre-Nal de 1984 por 4 a 2. O jogo não era válido por nenhum campeonato, mas também não era um simples amistoso.

Pouco mais de um mês depois de cobrir o mundo de azul, o Grêmio voltava do Japão e recebia do co-irmão as faixas de Campeão do Mundo. Enquanto isso, em gesto não menos honroso, o Tricolor colocava no Colorado as faixas de Campeão Gaúcho, referentes ao campeonato do ano anterior.

A antítese da situação me faz lembrar Marx: “De cada um, conforme suas capacidades, para cada um, conforme suas necessidades”. Cada macaco no seu galho. Convenhamos, confrades tricolores, que essa deve ter sido uma tarefa um tanto quanto indigesta para eles. O fato é que nos enfrentaram elegantemente. À época, os vizinhos reconheceram que a esquadra da Azenha era de fato dona do globo – e com total legitimidade.

Ter ganhado em Tóquio e, em seguida, receber a rubrica de campeão do mundo diretamente da Beira-Rio são fatos que só agigantam nossas façanhas. Façanhas estas que, por sinal, serviram de modelo para que outros tentassem por muitos anos (quase uma boda de prata depois!) um feito igual. Não posso negar que ter chegado lá primeiro é algo que sempre vai requerer – ao menos – respeito.

Ao mesmo tempo, lamento por um fenômeno que sucedeu no Rio Grande depois de 2006. Não sei se eles também pensaram em Marx, mas o fato é que baixou um espírito pra lá de bolchevique em metade do Estado. Hoje, tentam nos fazer crer que no panteão dos campeões do mundo, onde todos são iguais, alguns são mais iguais do que os outros...

Agora, quero uma Mirinda. A propósito: uma não, oito. Só que dessa vez vai com vodca, por uma única e simples razão: eu sou borracho, sim senhor.

Me voy.

sábado, 24 de janeiro de 2009

A FORMA CASTELHANA DA GLÓRIA.

Por Felipe Sandrin


Já estive na Argentina por algumas vezes, e o que sempre chama-me atenção é a forma cordial com que nós brasileiros somos tratados lá. Nunca ouvi um insulto pela minha nacionalidade ou fui desrespeitado por falar português.

Existe uma grande rivalidade entre Brasil e Argentina, principalmente no futebol, mas os hermanos sempre levaram mais na esportiva tal rivalidade. O preconceito, na maior parte das vezes, é brasileiro, e quem já esteve na argentina sabe disso. Claro, não estou citando o fato de times brasileiros e argentinos se enfrentando, porque ai o bicho pega pra valer.

A admiração por nós brasileiros também reflete-se na forma como eles sentem-se bem jogando por aqui. A dupla Gre-Nal tem grandes exemplos disso, e sempre que um novo hermano chega cria-se grande expectativa.

Desde o ano passado, a direção gremista informava-se sobre atletas como Maxi López. E o porquê é simples: a alma castelhana, o sangue platino brilha nos momentos decisivos. Se o assunto é disposição e entrega, ninguém é melhor do que eles.

Se este ano os "estrangeiros" irão corresponder, não sabemos. Mas, certamente, grande parte da torcida tricolor aprovará o sangue novo da equipe. Técnica somente nunca foi suficiente para nossas grandes conquistas.

Mesmo a glória segue uma receita, e esta começa por raça, coisa que os Argentinos têm de sobra.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

FOI DADA A LARGADA

Por Silvio Pilau


Chegou a hora. Após a cura das ressacas e do desaparecimento das especulações, após os motores aquecidos e as notícias desencontradas, os competidores se encontraram novamente no grid de largada. A temporada futebolística finalmente teve início, encerrando a ansiedade da espera e despertando outro tipo de angústia no peito dos torcedores: uma angústia agradável, aprazível, de saber que novas glórias estão logo adiante.

Ontem, o Grêmio entrou pela primeira vez em campo para disputar uma partida oficial em 2009. Não pude assistir à partida por estar trabalhando no momento, mas, pelos comentários, não foi uma boa atuação. O que não é problema algum. É apenas a primeira partida e a equipe começa a se conhecer e ganhar ritmo. Nem todos os reforços chegaram ainda. Ainda assim, é boa a sensação de saber que o Grêmio está entrando novamente em campo.

Ainda existe muito a ser trabalhado. Muito mesmo. Ainda no último ano, no final de temporada, a equipe ainda poderia melhorar. O futebol é assim. Por isso, peço para que Roth e os jogadores utilizem essas primeiras partidas do Gauchão para experimentar o máximo possível. Peço para que todos os jogadores tenham chances, que todos os esquemas sejam testados. Peço para que usem esses quase-amistosos (por o regional é isso) para preparar a equipe para o que realmente importa: a Taça Libertadores da América.

Esse é nosso objetivo. Essa é nossa meta. Tudo o que aconteceu ano passado foi para chegar aqui. Tudo o que ocorrer nesse ano não chegará perto do que significa a Libertadores. Deve ser o nosso foco único. Se ainda temos que passar por alguns jogos do Gauchão, que seja. Pelo menos, usemos essas partidas para deixar o time mais afinado possível. Para que os atletas descubram estar representando a torcida mais apaixonada do Brasil e entrem em campo pela Libertadores sabendo da responsabilidade que têm.

Foi bom ver o Grêmio de volta. Mas nosso ano, com certeza, reserva muito mais.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

AÍ VEM A LIBERTADORES.

Por Felipe Sandrin

Meu tio colorado disse: “Lipe, prefiro jogar a Libertadores a cada 10 anos e ganhar do que estar sempre nela”. Para muitos esta frase soa provocativa, mas eu conheço meu tio, e sei da nossa sinceridade quando o assunto é Grêmio e Inter.

Nós não nos provocamos, não fazemos pouco caso ou tiramos onda um do outro. Entre nós rola o mais limpo espírito esportivo e é justamente por isso que entendo perfeitamente a frase dele: A Libertadores, orgulho máximo de qualquer clube da America do Sul, também pode ser fonte de um “desprazer” inigualável.

Semana passada revivi as batalhas contra Santos e São Paulo, pude sentir novamente os pênaltis diante o Defensor e a derrota para o Boca. O estômago embrulha, os gestos ficam tensos, as noites que antecedem uma partida tornam-se longas. Amigos, daqui a poucos dias começam as viagens, a altitude, o frio, as guerras platinas, as pancadas que não são faltas, as faltas que viram pancadaria, a catimba e estádios sempre cheios, me faz lembrar que aí vem a Libertadores.

Eu lembro quando ganhamos nosso segundo título com Felipão no comando e um Rio Grande pequeno demais pra tanta euforia. Até mesmo a final colorada contra o São Paulo foi aqui em casa, eram seis colorados e só eu de gremista, a cada gol eles se jogavam no chão e eu me perguntava: Será que também ajo assim?

Não caiu a ficha ainda, mas sim, é verdade: este ano tem Libertadores. É daqui a pouco, daqui uns dias. Haja força, fôlego, disposição, paciência... Haja empenho, fé, imortalidade... E nos traga Grêmio outra vez o topo da America.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

DEDICADO AOS XAVANTES.

Por Felipe Sandrin

Eu estava com um texto pronto para esta sexta-feira, mas o acidente ocorrido nessa madrugada sensibilizou-me totalmente e não senti a mínima "tesão" de publicar aqui um texto falando sobre a pré-temporada do Grêmio.

Peço desculpa aos leitores gremistas e deixo meus pêsames a familiares, amigos e torcedores dos atletas envolvidos neste trágico acidente. Para uma das mais magníficas torcidas do Brasil, também fica meu sentimento.

Nessa madrugada, o futebol entrou em luto, mas tenho certeza que a memória de tão dedicados profissionais não será apagada.

Cláudio Milar, Régis e Giovani Guimarães. O futebol agradece e se despede com muito orgulho de cada um de vocês.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

FILHOS DO OLÍMPICO.

Por Silvio Pilau


Na minha primeira coluna de 2009, discorri sobre como ainda tenho muitos receios em relação ao ano do Grêmio. Fui tachado de pessimista, mas não vejo dessa forma. Em essência, a equipe que temos para disputar os campeonatos nos próximos doze meses possui qualidade semelhante à que quase levou o título nacional ano passado. Se evoluiu, foi pouco, pois as contratações são, em sua maioria, jogadores rejeitados em outros clubes ou as eternas apostas.

Em que se apegar, então, neste princípio de ano repleto de expectativas? Em primeiro lugar, ao fato de que o Grêmio não possui um time ruim. Nunca disse e não acredito nisso. A equipe possui um nível bom, ainda que não acima da média. Em segundo lugar, a torcida. Essa massa de apaixonados formados por nós que incentiva e apóia como nenhuma outra. Em terceiro, ao fato de ser o Grêmio, vencedor de jogos impossíveis e conquistador de glórias monumentais.

Há, ainda, um quarto fator que me dá esperanças e que a grande maioria costuma relevar: as revelações surgidas no Olímpico. Já faz alguns anos que, a cada nova temporada, o Grêmio revela para o mundo novos talentos e promessas de craques. Jogadores talvez ainda imaturos, mas com capacidade de fazer diferença em uma partida e surgir como elementos-surpresa contra adversários preocupados com os medalhões.

Somente nos últimos anos, o Grêmio revelou o marrento Anderson, titular absoluto do meio-campo do Manchester United; Lucas, o incansável volante das madeixas loiras que se firma cada vez mais no Liverpool, líder inglês; Carlos Eduardo, o insinuante meia que levou o modesto Hoffenhein à primeira divisão alemã e à liderança da Bundesliga; Rafael Carioca, o melhor volante em ação no Brasil no último ano; Mattioni, o lateral que acaba de ser contratado pelo Milan; e diversos outros.

E 2009, reserva-nos alguma coisa? Acho que podemos afirmar, sem medo de errar, que novos talentos vêm por aí. A começar por Douglas Costa, recém-listado pela FIFA como a quinta maior promessa de craque para o ano. O atleta já participou de algumas partidas em 2008, mostrando habilidade, bom chute e drible sempre em direção ao gol. Verdade que parecia afobado em muitos momentos, mas é normal para um guri de dezessete anos com tamanha expectativa em cima. Tenho certeza que Douglas será muito útil para o Grêmio nesta temporada.

Outra possibilidade é Mithyuê. Esqueçam o nome estranho. Segundo as primeiras informações da pré-temporada, o ex-atleta de futsal tem sido o grande destaque dos treinamentos e tem tudo para se tornar uma excelente opção para o plantel. Da mesma forma, outros nomes que se destacaram no título do nacional sub-20 podem ganhar chance no time principal, o mesmo valendo para a equipe que caiu ontem – injustamente – na Copa São Paulo.

Enfim, há muita expectativa para o ano, mas há também esperança. Se ela não veio de fora, de contratações de peso como todos esperávamos, pode vir das próprias entranhas do Olímpico. Não será a primeira vez.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O MELHOR GRUPO DOS ÚLTIMOS ANOS

Por Felipe Sandrin

Acompanhei as prés-temporadas de 2007 e 2008 de perto, por isso afirmo com convicção que este é o melhor grupo dos últimos anos. Ontem, diante um coletivo, pode-se observar as qualidades individuais de alguns jogadores. Dos juniores, vem talento suficiente para que, mesclado à experiência, renda frutos.

Douglas Costa serve à Seleção, pouco se fala, mas muito se espera dele, é apontado como o grande diferencial dentro da Libertadores. O garoto que adquiriu massa muscular e, nos poucos jogos que fez, já deixou adversários a verem navios, é, sem dúvida, a melhor "contratação" do clube, um prata da casa capaz de erguer o clube dentro de campo e também fora dele, financeiramente.

A principal base do time está mantida, nosso presidente, Duda, mostra-se disposto e envolvido com o trabalho. Reforços ainda vão chegar e agregar ainda mais valor ao grupo. O espírito Libertadores contagia a torcida. O ano promete.

Diferentemente de outros anos, esse não terá um dia de folga sequer. É treino-hotel, hotel-treino, e isto mostra quanto o clube está focado e disposto, a maioria dos jogadores se apresentou bem fisicamente, alguns atletas estão voando. Nossos goleiros, Victor e Matheus, se destacam em treinos e coletivos, os dois nem parecem ter voltado de férias.

À primeira vista, fiquei feliz e empolgando com o time, sinto ai um grupo, além de qualificado, mais focado e entrosado com a própria torcida: se em outras épocas começamos mal pra terminar bem, quem sabe desta vez não iniciamos bem para acabar de maneira inesquecível?

sábado, 10 de janeiro de 2009

FELIZ GRÊMIO NOVO

Por Eder Fischer

Não é só um novo ano que se inicia, estamos iniciando também uma nova era. Em seis meses, estaremos colocando a primeira das milhares de pedras que, juntas, formarão um dos estádios mais moderno da América Latina. Não é só a arena, conforto, status e estética. Nem o lucro com ingressos. A construção da nossa nova morada deixará ainda mais evidente a grandeza do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense, que nós já conhecemos, para o resto do mundo. Junto a isto, investidores que gostariam de ter a sua marca vinculada ao Grêmio, se juntarão a nós e trarão junto as suas cifras que tanto nos fazem falta. Semana passada já foi veiculada a notícia de que havia uma empresa multinacional interessada em colocar o seu nome em nossa camiseta, oferecendo cinco vezes mais do que recebemos atualmente, mesmo que ainda seja menos do que merecemos.

Com tudo isto, ainda há quem condene a construção de uma nova arena e prefira uma reforma no nosso velho Olímpico. Fora os valores sentimentais, acho que tal preocupação não é justificada, a menos que, eu tenha lido errado ou deixado de ler alguma parte, o risco de prejuízo é zero. O dinheiro não sairá dos nossos cofres, até porque não temos. O Olímpico só será entregue após cortarmos a faixa inaugural, mesmo assim, supondo que a empresa quebre, um avião caia em cima ou que algum outro motivo improvável impeça a conclusão da obra, há uma cláusula de seguro que nos dará uma quantia suficiente para a construção de um outro estádio ou quem sabe uma reforma, não um remendo, no nosso Olímpico.

Os trabalhos já começaram em Bento, com uma recepção tão magnífica que fez com que outras parecerem uma festa geriátrica. O Ano do Tri se inicia, e no meu primeiro texto, gostaria de desejar-lhes Um Feliz Grêmio Novo, mas sem dar adeus ao Grêmio velho, o Grêmio Copeiro, o Grêmio Imortal, o Grêmio valente, o Grêmio da Baixada e do Olímpico. Este Espírito não pode morrer nunca, seja jogando contra times internacionais ou adversários locais. Este é o espírito que deverá ser mantido e passado para os jogadores pela nossa nova diretoria.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

EXPECTATIVAS E ESPERANÇAS

Por Silvio Pilau


Não passei o ano novo de branco, não pulei sete ondinhas e não dei não sei quantos pulos no pé direito. Na realidade, não fiz simpatia alguma na virada. Primeiro, porque não sou de acreditar nessas coisas. Segundo, porque já estava mais pra lá do que pra cá nas areias da Ferrugem e comemorar ao lado de amigos já me bastava para acreditar que 2009 reserva somente coisas boas em minha vida.

E, claro, como bom gremista, essas coisas boas que espero também estão relacionadas ao que acontece na Azenha, no famoso e mais que apropriado Largo dos Campeões. Para nós, gremistas, o novo ano começa cercado de muitas expectativas. Temos mais uma Libertadores à nossa frente. Novamente, vamos atrás do troféu que é a cara do Grêmio, a glória que sempre buscamos e que é sempre nosso grande objetivo.

Porém, se as expectativas são altas, a esperança não é. Não vou negar que estou decepcionado com o que a diretoria fez em relação aos contratados. Acredito, sim, que melhoramos em algumas posições, mas, em compensação, perdemos em outras. Na lateral esquerda, por exemplo, ainda que os nomes não tenham empolgado, ganhamos em qualidade, assim como no ataque, com a presença de Alex Mineiro. Perdemos, no entanto, no meio-campo, com a ida de Carioca e a manutenção de um cada vez mais alquebrado Tcheco.

O que vejo para o ano que se inicia é exatamente o mesmo que via ano passado: uma nuvem negra à frente. Não necessariamente uma nuvem de mau presságio, mas uma nuvem de dúvida, que nubla qualquer previsão sobre o que pode acontecer. Vendo a lista dos jogadores relacionados para a reapresentação, não encontro ali um time capaz de brigar pelo título de uma Libertadores ou de um Brasileiro. Sei, no entanto, como vimos em 2008, que o Grêmio é capaz de surpreender e é nisso que me agarro para o próximo ano.

Claro que ainda há tempo para reforçar a equipe e construir um time realmente forte. Mas acho difícil que venham nomes de qualidade assegurada. Hoje ouvi sobre Maxi López. Seria um ótimo reforço, porém, acho que não será concretizado. Ao que tudo indica, manteremos a base que surpreendeu em 2008, com algumas pequenas modificações. Sinceramente, acho muito pouco para buscar os títulos que queremos.

O que nos resta é torcer, como sempre. Até porque acabei não fazendo nenhuma simpatia na virada do ano.