terça-feira, 1 de setembro de 2009

A reboque.

Por Felipe Sandrin


Vou deixar o jogo de domingo para trás e evitar comentar sobre ele. Digo apenas que poderíamos ter vencido, e não teria sido injusto se tivéssemos perdido.O fato mais importante desde final de semana, pra mim, foram as declarações de Paulo Autuori se mostrando contra os campeonatos regionais.

A meu ver, as declarações do treinador foram até brandas, visto a mediocridade do futebol e estrutura apresentados pelos clubes do interior gaúcho. Há muito tempo, o Gauchão virou uma palhaçada, um circo totalmente dependente da dupla Gre-Nal e que nada acrescenta ao torcedor.

O descaso com os campos, a falta de segurança que compromete torcida e jogadores e a ridícula infraestrutura de alguns estádios, que deviam nos pagar para que os freqüentássemos, já seriam motivos suficientes para os dois maiores clubes gaúchos não participarem deste ruralito sem grife. Junte a isso o ridículo prêmio pago ao clube vencedor e os grande risco atribuído à integridade física de atletas dados como fundamentais para nossos dois principais times e temos vários dos motivos que tornam este campeonato apenas mais um comercial inútil para uma Federação, que muito pouco vemos fazer.

Francisco Noveleto veio a público falar sobre a importância da dupla Gre-Nal junto a outros clubes gaúchos, alegando que estes só sobrevivem por causa, justamente, de Grêmio e Inter. O estranho é que não vejo nada disso, não vejo nenhum outro clube gaúcho vencendo e crescendo: o Juventude está falido, tentando não cair para Série C, nossos representantes da Série C não subiram e vários clubes do interior não estão participando da Copa Arthur Dellagrave por não terem um tostão furado sequer no caixa.

Sim, o futebol gaúcho está totalmente dependente da dupla Gre-Nal. Esta dependência cresceu junto a glórias e rivalidade inigualável que os dois times despertaram pelos anos. Porém, é necessário abrir-se os olhos para nossos outros times, para os talentosos jogadores que buscam espaço desempenhando um bom futebol em nosso interior, mas isso só será possível quando nossa Federação deixar de ser essa máquina caça-níquel que vê apenas Grêmio e Inter como grandes e trata outros como simples e eternos coadjuvantes.

Em 50 anos, fora Grêmio e Inter, os clubes pouco evoluíram e seus passos foram os de tartarugas. Está na hora mesmo da dupla cair fora deste campeonato chinfrim e fazer o pessoal tomar vergonha na cara pra correr atrás de algo além dessa total dependência pelos dois grandes do Estado.

Um comentário:

Anônimo disse...

o campeonato é chinfrin mesmo, mas pergunta para os dirigentes da dupla mais chinfrin ainda se querem largar o osso do gauchão? é uma piada mas a mesma robalheira eterna que acontece quando times da capital jogam com flamengo acontece quando os do interior jogam com a dupla privilegiada.

robalheira, mala preta que nem precisa ser tão gorda...

Quero Banrisul "banco de todos os gaúcho" segundo eslogan, patrocinar o Xavante também