quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quando ele funciona, o Grêmio funciona.

Por Felipe Sandrin

Quando ele funciona, o Grêmio funciona. Victor foi o nome do jogo, conseguiu não somente dar-nos uma vitória, como também nos iludir com um resultado mentiroso. Nosso arqueiro pegou tanto que nossa zaga saiu festejada de campo: nem notamos os inúmeros erros que puseram jogadores do Flamengo diversas vezes na cara do gol.

Se o foco é vencer fora de casa quarta-feira e mandar a urucubaca pra longe, nosso futebol terá de melhorar e muito. Os 4 a 1 da última partida não corresponderam ao jogo, o time quase não criou e mostrou-se frágil principalmente na defesa, que há muito tempo eu não via conceder tantos espaços.

Porém, existem pontos a serem considerados em nosso time, que além de Victor teve como destaque nossa ainda promessa Douglas Costa: o garoto correu, criou e chamou a responsabilidade. Se levarmos em conta que ele era o único homem de criação do jogo, vemos o porquê de tantas pessoas botarem fé nele. Adílson já dispensa comentários: tenho certeza de será um dos concorrentes da posição no prêmio de melhores do Brasileirão.

A saída de Maxi preocupa e muito, não tanto pelo futebol, mas sim pela referência que o jogador representa: no sufoco, a bola vai pra área, e não temos no grupo um jogador grande que segure zagueiros e incomode dentro como ele faz.

Autuori, mais uma vez, mostrou o grande técnico que é, corrigindo falhas sem precisar botar jogadores mais agudos na equipe. O time que veio para o segundo tempo era mais defensivo; no entanto, atacou e criou muito mais.

Amanhã jogaremos contra o Santos, mas nosso principal adversário não será o clube paulista. Nitidamente, vemos o psicológico da equipe abalado por não conseguir vencer longe de Porto Alegre. Se tomarmos um gol, a casa cai, a moral desce mais ainda e a tão esperada vitória vai pro espaço de novo.

O trabalho vai ser muito mais de vestiário que de campo, é preciso ter boa cabeça, ter gana pela vitória e principalmente ter a naturalidade: futebol é feito de tabus, não perder há 11 meses em casa e não vencer fora é apenas um fato que logo se tornara estatística passada.

Temos força de grupo, e nosso time não está abaixo de nenhum em termos de qualidade: mas caso isso não baste para que acreditemos na vitória, lembremos que este é o Grêmio, e que nosso céu não é longe do inferno que estamos vivendo.

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