terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fornicada de coelho.

Por Ricardo Lacerda

Moléstia a parte, inspiração não falta – afinal, estamos sempre falando de Grêmio. Mesmo assim, não obstante, todavia, entretanto, porém, resolvi abordar hoje diferentes assuntos num mesmo texto. A ordem em que estão não tem a ver com importância, relevância ou qualquer outra ânsia. As linhas abaixo transmitem minha opinião sobre coisas que ouvi por aí e outras tantas que não passam de achologia ou mesmo metafísica pura. Vamos às rapidinhas:

1. Não nos iludamos, Tcheco não é o bicho: Nosso capitão não levanta taças. É um cara inteligente, que sabe jogar para a torcida e usa muito bem o fato de amar o Grêmio. Muita gente diz que ele cadencia o jogo. Pra mim, ele é lento. A mente funciona bem, mas o corpo já não reage na mesma velocidade. Oscila ótimos lances numas partidas e, muitas vezes, some – geralmente quando mais precisamos dele. É legal ver quando Tcheco bate no antebraço ou no peito mostrando seu gremismo. Como tá na capa da ZH desta segunda. É feio ver quando toma amarelos ou vermelhos sem necessidade ou quando tem chiliques descabidos. Torço pra que o capitão cale minha boca, mas não deixo de dizer o que penso.

2. Depois de tanto festim, Douglas Costa dá indícios de que se ajeitou: O guri entrou bem contra o São Paulo no Morumbi e melhor ainda contra o Cruzeiro em casa. Vale lembrar que contra a Raposa, já tínhamos um a mais e o apoio da massa. Mas acho que tem que dar moral pro piá. Douglas com uma perna joga mais que o Jonas, que às vezes parece ter quatro.

3. Fábio Santos vinha melhorando desde a chegada de Autuori: Contra São Paulo e Cruzeiro foi brabo. Lateral que não acerta cruzamento é complicado. Pra jogo que tem que ir pra cima, Jadílson que é agudo, pode ser mais efetivo.

4. Rafael Marques tem jogado mais que Léo: Desde que Dunga vetou nosso 3 da Olimpíada, não é mais aquela unanimidade que era. É bom jogador, sim, mas a bunda tá pesando. Rafa Marques tem menos técnica, mas eu diria que hoje é um brucutu mais efetivo.

5. Quem vem? Ouvi dizer que, caso a direção arrume outro asilo pro Orteman, pode desembarcar por aqui o Diego de Souza, baita meia-esquerda do Defensor. Além de ser o quarto estrangeiro do tricolor, Orteman custa a bagatela de R$ 110 mil mensais. Pouca coisa.

6. Maxi não pode ser vendido: Não é nada fácil encontrar jogador com a bola da Xuxa no mercado mundial pelo preço que ele custa. Além disso, a identificação com o time e a torcida tem um valor intangível. O esforço para manter o marido da Wanda deve ser tão grande ou maior que o feito para manter Souza. Sem contar a Wanddinha, musa dos taxistas...

7. Lateral direito: Joílson veio, mas é ala. Makelelê é volante, Mário Doril e Thiego são zagueiros. Saimon, que tá na seleção e é bom, também é zagueiro. Tá faltando um lateral direito de ofício no Olímpico.

8. Atacante velocista: Herrera anda azarado. Faz faltas em demasia e acerta a trave em demasia. Por enquanto, é o melhor parceiro pro Maxi, a menos que se promova Douglinhas na frente. Jonas, o artilheiro da temporada, tem quatro pernas. Erra 5 gols pra fazer 1. Não dá. Alô direção! Aproveitem que despacharam o Alex Mineiro, que custava uma fortuna por mês, e tragam um velocista pra pifar La Barbie.

9. Willian Magrão deve voltar em setembro: Muito dificilmente entrará no time antes do fim do ano, já que precisa pegar ritmo, etc. O mesmo pra Mithyuê, craque em potencial.

10. Por fim, alguns nomes da piazada: Mario Doril, Roberson e Isael já andam com o grupo principal. É bom para irem se ambientando. Os três têm potencial. Saimon é bom e está na seleção brasileira. Da copa BH, meu destaque é Pessali, camisa 10 como poucos. É bom saber que Autuori é tri ligado na base e que dessa gurizada aí, alguns podem vingar. O negócio é fazer contratos bons pros guris não se encantarem com especulações (o que é difícil). Devem ser longos e com multas bem altas. Se saírem, que saiam por bastantes euros.

Enfim, me alonguei demais. Era pra ser rapidinho, que nem cópula de coelho, mas como o negócio é Grêmio, sempre dá pano pra manga. Não sou corneteiro nem amargo. Jamais vaiei ou deixei de apoiar quando no Monumental. Falar bem até que é legal. Botar os dedos nas feridas já é mais xarope. Se fosse barbada, todo mundo faria. Vamos com tudo em São Paulo. Tem Palmeiras e Barueri pela frente. Duas vitórias fora dão fôlego pra brigar pelo título.

Dado o recado, me voy.

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