quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nomes que vão, nomes que vêm. Quem os têm?

Por Ricardo Lacerda

Segunda-feira, 19h. Daqui a pouco, me mando pro show do Jorge Drexler. Jorge Drexler lembra Uruguai e Uruguai lembra Orteman, "o craque que não deu certo". O louco chegou no Olímpico com a pompa de ter sido o melhor jogador da Libertadores 2002 pelo Olímpia. Orteman, aquele meio-campista de qualidade indiscutível e chutaços de longa distância, foi um jogador decisivo pros paraguaios naquela semifinal contra o Grêmio, que foi pros pênaltis. Defendendo as traves do Olímpia, Tavarelli, paraguaio que veio pra cá cheio da pose e que também não emplacou.

Falando em castelhanos, lembrei do co-irmão. Rememoro o dia em que li "Inter contrata Guiñazu" – ou algo assim. Olhei aquela cara feia e pensei: "Fudeu, esse filho da puta vai jogar muita bola no Inter". Maldita boca. Praga à parte, o fato é que estes movimentos de contratação são muito comuns no futebol: trazer alguém que jogou muita bola quando enfrentou meu time. Guiñazu era do Libertad que quase complicou o Inter em 2006. É inteligente ir atrás de quem já mostrou serviço. Errado é contratar quem jogou muita bola meia década atrás e querer que o futebol continue idêntico. Aí, o risco de não dar certo se maximiza.

Falando em maximizar, lembrei de Maxi Lopez. Está errado quem pensa que Maxi nunca jogou contra o Grêmio. Apesar de ter ido parar no futebol europeu com menos de 20 anos, vocês fazem ideia contra quem nosso centroavante estreou no futebol profissional? Isso mesmo: Grêmio! Na Wikipedia, consta que La Barbie entrou em campo como profissional aos 17 anos, dia 22 de julho de 2001, vestindo a camisa 7 do River Plate em jogo válido pela Copa Mercosul. Levou um 4 a 2 do Tricolor gaúcho.

Agora vamos ao compatriota de Maxi. Herrera deu certo até por ali no Grêmio. Raçudo e peleador, porém limitado. Evoluiu bastante no Corinthians, fazendo gols, guerreando. Mas não é aquele craaaque de bola. É bom tê-lo no grupo, mas ainda acho que precisamos dum senhor atacante para fazer dupla com Maxi. Não é um atacante senhor, eu disse um senhor atacante. Ou então, que Herrera trate de ser menos afoito. Não, amigos, não estou louco. Eu vi o jogo domingo. Vi os gols dele e tudo mais. Gosto do cara, mas ficaria mais feliz tendo um atacante servidor para nosso 16. Lembro Paulo Nunes, Fabiano Cachaça, Paulo Rink... os caras que vinham das pontas como foguetes e gritavam para Jardel, Christian e Oséas: "Toma, tá com mu-mu!". Seria Herrera um desses!? Improvável, mas vamos lá, merece um crédito.

Confesso que botava fé em Alex Mineiro. Botei fé até quando ninguém mais acreditou. Me quebrei e acordei. O Caju do Grêmio parece uma viúva sem o Kléber – esse sim, come a bola de tanto que joga. Falam em trocar Alex Mineiro por Fabiano Eller. Uma boa, já que também falam na saída de Réver. Eller jogou no colorado. E daí!? Adílson Batista, pra quem não sabe, antes de vir pro Grêmio também jogou no Inter. Essas coisas de amor clubístico só valem pra nós, torcedores.

Enfim, nome aqui, nome ali, já começamos a especular. De fato, algo novo poderá acontecer a partir da reunião que acontece entre Comissão Técnica e Diretoria de Futebol nesta terça. Novos nomes sugeridos, velhos nomes esquecidos, alguns nomes riscados. O Brasileirão ainda está no começo, mas nem tão começo assim. Já vimos que ajustar a engrenagem e fazer com que ela fique azeitada do meio pro fim da competição não leva nem a Libertadores. O co-irmão que o diga. Se Autuori vai pedir gente nova, hoje é o dia. E pelamordedeus, não me venham com lenga lengas de novelas como as que passamos com Renato e Rafael Carioca, que "quase vieram", mas não vieram.

Por fim, em minha modesta e humilde opinião, Tcheco tem que ir pro Showbol. Digo isso há tempo, e costumo levar porrada dos cumpanhêro. Nosso capitão ama o Grêmio, bla, bla, bla... Eu também amo, e trocaria meu salário de jornalista (que não é pago pelo FinalSports, que fique bem claro) por uma vaguinha no meio campo do Imortal. Tcheco ama cartões amarelos, quando não os vermelhos. É lento e resume-se a cobrar faltas e escanteios. É inteligente, reconheço, mas se fosse por isso os gênios da física seriam jogadores de futebol. Dá bem mais dinheiro. Mas como em tudo há sempre um "mas"... com a saída de Tcheco, quem assume?

Encafifado e pensando em trocentos nomes, ao show do Drexler me voy.

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