sexta-feira, 5 de junho de 2009

SÓ RESTARÁ UM.

Por Felipe Sandrin


Apesar de parecer uma vitória simples e natural, nessa quinta-feira conseguimos o fundamental para trazer a tranqüilidade ao grupo que, pela primeira vez, terá tempo para trabalhar junto a Autuori.

No meio da semana, o que poderia se tornar um total desconforto com a suposta intriga entre Maxi e Souza foi sabiamente contornado por ele próprio, Autuori, ainda no domingo: trata-se de um grupo cobrado que também se cobra ao máximo. Eles sabem que falhas não podem se repetir nos jogos decisivos e cada vez mais difíceis que teremos pela frente.

Marcelo foi bem em seu primeiro teste, seguro e nada comprometedor: não é a primeira vez que o goleiro entra sobre pressão, e tenho certeza que Victor encontrará o Grêmio como quando partiu, lutando por títulos.

Nestes tempos difíceis, onde secar o co-irmão é tão difícil quanto vê-lo sair dos campeonatos, agradeço todos os dias pela bendita Libertadores de cada dia.

Ao longo dos mais de 90 gols do Inter nesse ano, está meu avô que, insistentemente, após cada um deles, toca sua buzina a ar enlouquecendo a gremistada das redondezas. Esse é o retrato dos colorados, cheios de confiança, inundados de motivos para acreditar em um centenário cheio de glórias e títulos; os gremistas, por sua vez, estão quietos, desconfiados, apenas esperando e tentando não prever o pior fim.

A grande questão é se a lógica de tanta confiança e desconfiança irá operar ou não. De qualquer maneira, alguma coisa me diz que só um lado será feliz esse ano, mas eu espero estar errado e que os dois consigam grandes títulos: porque se alguém tem mais chances de terminar o ano chupando o dedo este alguém somos nós do Grêmio.

Meio que cambaleando, mas indo. Quando e onde pararemos, como sempre, só o tempo dirá: certo apenas é aquele velho bordão "com o Grêmio onde o Grêmio estiver".

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