quarta-feira, 17 de junho de 2009

Não é jogo jogado.

Por Cristiano Zanella

Torcedores, secadores e simpatizantes: na Copa Libertadores da América, passada a primeira fase, todo jogo é "o jogo do ano". E hoje à noite, contra o Caracas, não será diferente. A partida é decisiva; quem não mata, morre! Respeito, cautela e concentração são as armas que definirão o duelo às semifinais. O Grêmio vem com tudo: mesmo perdendo o Gauchão e os Gre-nais, abalado pelas trocas no comando técnico e com uma trajetória não mais do que mediana no Brasileirão, o tricolor se manteve firme e forte no certame continental – é dono de uma campanha invejável, até então talvez a melhor na história da competição!

No último jogo, pelo Brasileiro contra o Fluminense, o esquema de Autuori (o famoso 4-4-2) mostrou-se mais ofensivo, porém pouco efetivo. A bola continua não chegando ao ataque, e quando chega, os atacantes não fazem. Tcheco estava mais solto, menos preocupado com a marcação (mesmo assim e como de praxe, aquém das expectativas). Túlio e Adilson são mais marcação/destruição do que criação, não são jogadores que decidem (assim como Douglas Costa, meros coadjuvantes). Maxi Lopez é muito esforço e movimentação, mas pouco futebol (respeito opiniões em contrário, ele é talvez o menos pior do ataque, mas está longe de um "ídolo tricolor"). Alex Mineiro entrou bem (não pode ser reserva de Jonas), participando, dividindo, fazendo a parede, mas parece ter desaprendido o caminho do gol – quem sabe hoje, Mineiro? Quantos aos laterais (agora alas), respaldados pelo meio campo povoado, eles tem que finalmente entrar em campo, pô!!!

Já o primeiro confronto contra os venezuelanos foi atípico: viagem desgastante, gramado péssimo, pressão da torcida, gol no primeiro minuto, até o sistema de irrigação do gramado foi ligado no intuito de coibir o futebol! Isso tudo é fato, mas, vamos combinar, faltou tranqüilidade, e porque não dizer qualidade ao Grêmio. Não dá pra depender da bola parada, de gol de lateral. Já afirmei aqui neste espaço que o Grêmio – atualmente – depende do futebol de Souza! Este é o jogador que pode fazer a diferença, por sua qualidade e liderança. No drible, na tabela, no lançamento ou na bola parada, é Souza o diferencial! O milagreiro Victor – que é também diferencial – não estará em campo! Se apertar, vamos de Alex Mineiro, Maxi Lopez e mais Herrera pra cima deles! Vale a máxima que diz: "em Libertadores, não tem barbada" – e não tem mesmo! O presidente Duda Kroef e boa parte do elenco garantem: não é jogo jogado!

Também não enxergo o arco-íris no horizonte tricolor, mas o Grêmio é o Grêmio porque é Grêmio, e, como dizia o baita gremista Victor Matheus Teixeira, o popular Teixeirinha, gaúcho de verdade não dobra a esquina quando vê o perigo e, quando luta, vence!!!

A Libertadores 2009 haverá de ser nossa! Rumo ao Monumental! É com o Grêmio sempre, onde ele estiver!!!

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