quarta-feira, 27 de maio de 2009

UM GIGANTE CONTINENTAL NA TERRA DO BEISEBOL.

Por Cristiano Zanella


A imprensa venezuelana, muito apropriadamente, classificou o tricolor como "um gigante continental", uma potência em nada comparável ao pobre e ainda embrionário futebol do país governado com mãos de ferro pelo presidente Chavez. Os esportes preferidos dos venezuelanos são, por ordem, o beisebol, o ciclismo, o boxe, e só em quarto lugar vem o futebol. O país encontra-se na antepenúltima posição na classificatória à Copa de 2010, na frente apenas da Bolívia e do Peru, o que deixa claro que, nesta Libertadores, o Grêmio até então enfrentou nada mais nada menos do que o que há de pior no futebol da América Latina. Ainda assim, respeito é bom, e eu gosto! Marcelo Rospide está na Venezuela desde sexta-feira e teve oportunidade de conferir o Caracas, um time perigoso, que conta com jogadores experientes e em nível de seleção. Os 27 mil ingressos para a partida estão esgotados, o estádio estará lotado, o gramado é "de Gauchão". O líder do campeonato local sabe que sua única chance de classificar-se à próxima fase é ganhando o jogo de hoje, e que em caso de empate ou derrota dificilmente conseguirá reverter o resultado no Olímpico.

O Grêmio vai a campo com o ânimo renovado e (mais uma vez) com seu time completo. Com a chegada do novo técnico, acirrou-se a briga por um lugar entre os titulares (a única dúvida, hoje, fica por conta da escalação de Adílson, que pode perder a posição para Túlio). É jogo para ganhar na experiência, que o Grêmio tem de sobra: cabe aos jogadores mais rodados (Ruy, Tcheco, Souza, Túlio, Alex Mineiro, Jadílson) a responsabilidade de coordenar as ações (o trabalho cerebral é com os experientes, o pulmonar com os garotos). Com Autuori, ganham espaço Túlio, Douglas Costa, Herrera, jogadores que podem fazer a diferença, mesmo entrando durante a partida. No ataque, vamos torcer para que Jonas, Maxi Lopez e companhia estejam em noite inspirada, pois o Caracas vem pra cima com tudo, dando chance aos contra-ataques. Olho vivo: tem que garantir o placar, pois no jogo de volta não teremos o insubstituível Victor. A campanha vitoriosa na Libertadores credencia o Grêmio como franco favorito, mas é preciso comprovar dentro do campo!

A "super quarta" reserva fortes emoções e, com certeza, algumas surpresas aos amantes do esporte bretão! O Grêmio tem que ser alma, superação! Jogar como se estivesse diante de um desafio mortal: o coração na ponta da chuteira, os dentes cerrados, na boca o gosto do sangue, a cabeça erguida, os olhos voltados para o amanhã! Aí ninguém mais segura o Grêmio nesta Libertadores 2009!!!

Vamos com força, vamos com raça, nós somos Campeões da América! Com o Grêmio sempre, onde ele estiver!!!

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