sábado, 2 de maio de 2009

O SIMPLES NÃO TEM LUGAR.

Por Felipe Sandrin

É como uma manhã de domingo chuvosa, onde acordamos dispostos a viver um excelente dia, mas as nuvens negras pairam parecendo destruir todo e qualquer plano.

Eu creio nos que vencem pela coragem, que desafiam os ditos poderosos, que se empenham sem o receio de que não seja o suficiente. Eu acredito naqueles que, com espírito, lutam sem perder o orgulho, sem esquecer o porquê de estarem lá. Eu tenho fé apenas diante do que parece mais do que difícil, quase que impossível, pois só assim eu acredito no sobrenatural, acredito em uma meia, uma cueca, uma oração que faça de meu time o campeão.

Um dia, todos seremos torcedores cornetas, rígidos, confiantes, cansaremos de futebol por um tempo para logo em seguida voltarmos muito mais fanáticos. Todos nós detestaremos alguma atitude de algum dirigente que nos representa, pediremos reformas totais, exigiremos jogadores que desequilibrem. Todos nós um dia não teremos fé suficiente, ou seremos a fé que a outros faltam.

E quem de nós viveu em outras vidas para ter certeza de onde vem o sucesso? E quem de nós, mesmo descontentes, hoje duvida do Grêmio?

O que contaremos no futuro? A história de um time que, com um técnico interino, modelou-se e cresceu para tornar-se dono da América, ou a forma como um péssimo planejamento resultou na farsa, esperança e tristeza?

Eu não duvido de nada, muito menos do Grêmio, e o porquê é simples: em um triste domingo de chuva, chegando no Olímpico, fiz-me feliz, cantei, aplaudi e guardei em mim uma grande lembrança.

Obstáculos destroem fracos, e elevam os fortes. É por isso que nós vamos com o Grêmio: o simples não tem lugar em nossa história.

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