domingo, 17 de maio de 2009

DIREÇÃO

Por Eder Fischer


Se não fosse uma afronta ao vernáculo, começaria a escrever com três interrogações, assim “???”, como num bate papo no MSN, porque é exatamente isso que vem a cabeça quando penso em Duda Kroeff . Não tomei partido nas eleições, pelo simples fato de não conhecer o perfil de atuar dos candidatos e acreditar que o Grêmio estava em primeiro plano para os dois. As propostas de ambos? No fundo, se resumiam a duas palavras que não são novidades para qualquer torcedor - Grêmio Campeão. Contentei-me em acompanhar as eleições e torcer pelo representante eleito, fosse ele Duda Kroeff ou Antonio Vicente Martins.

Assim que saiu o resultado, fiz o que faria nas arquibancadas. Apoio incondicional a Duda, como se fosse a contratação de um terceiro reserva desacreditado de Vasco ou Flamengo. Dei tempo ao tempo para poder julgá-lo, e, hoje, quase ao final de seu primeiro semestre, ainda não consigo traçar claramente o seu perfil. Penso que ele é o presidente que desfez um departamento de futebol que funcionava, não fazendo esforço algum para manter profissionais competentes, mas é também o presidente que trouxe profissionais a altura do tricolor para as lacunas abertas, o profissional que manteve um técnico odiado pela torcida, mas que também trouxe um dos melhores profissionais do mercado mundial. Será ele um presidente que deu sorte ao apostar num interino ou ele sabia exatamente quem ocupava interinamente o cargo? O presidente que deixou mais tempo o Grêmio sem um técnico ou o presidente que teve culhões e agüentou a pressão da torcida para por um técnico que ele tinha convicção de que seria a melhor escolha. Seria mais fácil contratar Renato e ser ovacionado pela torcida, não? Tudo isto será respondido ao final desta campanha do Grêmio na Libertadores. Não digo que, se perdermos, tudo estará mal, ou se ganharmos, tudo estará bem. Mas tudo dependera de como isto ocorrer.

Somos passionais e isto interfere um pouco em nossas análises, provavelmente poderemos analisar Duda com mais clareza ao final de seu mandato, mas nesses seis meses podemos perceber características evidentes no nosso presidente. Ele ainda não está maduro e talvez não tenha velocidade, capacidade e prestígio suficiente para tomar decisões no tempo que o futebol moderno exige, mas ele tem convicções, pois bem ou mal, ele manteve um técnico que apesar de rejeitado era o vice campeão Brasileiro.

Parabéns a Rospide

Hoje, fechará a sua curta passagem pelo cargo de técnico de um dos times mais vitoriosos do Brasil e do mundo, com apenas um empate, contando Brasileirão e Libertadores. Rospide não mudou o time, foi tímido em suas estratégias e substituições, mas mesmo assim foi competente e teve méritos, pois sem dúvida o time foi mais competitivo com ele do que com Roth a beira do campo. Gostaria de vê-lo algum dia, mais maduro e mais preparado comandando o nosso tricolor.

Que venha Autuori

Um técnico vencedor e que tem vontade de atuar pelo Grêmio, inclusive, com interesse de abraçar a gurizada da base que ficou meio órfão com a saída de Rodrigo Caetano e Julinho Camargo. O resto, só veremos em campo.

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