sexta-feira, 3 de abril de 2009

VIVA PARA SEMPRE, INTER

Por Felipe Sandrin

Li uma matéria sobre a parceria entre o Botafogo e o América-RJ, os clubes que um dia já foram grandes rivais e hoje são matriz e filial. Tudo fruto do ostracismo e do encolhimento do "Mequinho".

Que o Gre-Nal configurou-se nas últimas décadas como o maior clássico brasileiro, isso não há dúvidas. Mas ainda existem os que neguem a fundamental necessidade dessa rivalidade: como nós, num Estado perdido longe do centro do país, conseguimos criar dois campeões mundiais e uma disputa tão grande, a ponto desta se tornar a principal motivação dos clubes Grêmio e Internacional?

Na história da dupla, é difícil haver equilíbrio: um sempre está por cima e o outro, por baixo. O que está por cima eleva a moral e acredita que, sendo dono do Rio Grande, pode ser dono de tudo; o que está por baixo planeja, tem dificuldade para dormir à noite e dedica-se, custe o que custar, para voltar a ser o maior do sul.

Existe uma resistência em falar sobre os 100 anos de nosso co-irmão – assim como quando chegamos ao centenário houve resistência por grande parte deles –, mas no fundo sabemos da fundamental importância de haver quem odiar, e querer superá-lo.

Para os amigos colorados, os parentes que buzinam aqui em casa, para toda a grande torcida colorada e a instituição Inter, meu sinceros parabéns. Desejo apenas que o Inter viva pra sempre, para que eu tenha certeza que meu Grêmio também viverá.

Nem medíocre nem invencível, mas sempre a mais acirrada rivalidade.

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