quarta-feira, 22 de abril de 2009

SOBRE AMADORES E PROFISSIONAIS.

Por Felipe Sandrin


O problema não é a espera por Autuori, e sim as constantes demonstrações de que esta direção está mesmo perdida. Elegeram-se com a promessa de campanha que visava dar a nós tricolores o título da Libertadores, mostraram total enfoque nisto. Porém, hoje, seguidamente, nas entrevistas, escutamos os dirigentes falando de um trabalho a longo prazo, dando a entender que a prioridade sobre a Libertadores hoje é muito menor do que realmente salientava-se na época que buscavam o trono.

A cada dia que passa, uma nova aula de antiprofissionalismo é dada – não só por parte de nossos dirigentes, mas sim principalmente por parte da imprensa esportiva gaúcha. É uma vergonha o jogo de informações ao qual nós torcedores somos submetdos. A cada dia, “profissionais” fazem novas suposições sobre quem e o que o clube busca. Jogam qualquer nome no ventilador sem medo de errar – já que quando erram não são cobrados. Sendo assim, quanto mais especulam, mais acrescem nas chances de acertar: eles não estão nem ai pra verdadeira informação e tratam a mentira como a verdade que esqueceu de acontecer.

A direção tem toques de amadorismo e vem errando em questões importantes, mas quanto por cento é culpa dela mesma e quanto é atribuído a ela devido à incompetência da mídia especulativa? Não é novidade a pressão que foi imposta ao Grêmio para que o time, a fim de não desvalorizar o Gauchão, escalasse seus titulares independentemente das necessidades junto a nossa prioridade, a Libertadores.

Nessa guerra de egos, quem nós pensamos que manda é, na verdade, quem menos manda. E não existe lado vermelho ou azul: em realidade, o que existe é somente o lado de dentro dos bolsos. O circo funciona em torno do público, mas, se conhecêssemos estes bastidores, não haveria espetáculo, apenas repúdio ao que o futebol vem se tornando.

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