sexta-feira, 27 de março de 2009

PAIRA A ESPERANÇA

Por Felipe Sandrin


Todos falam tanto nesta tal de altitude que, mesmo que ela não seja o monstro que dizem ser, ela certamente acaba influenciando no desempenho dos jogadores. E se olharmos por esse aspecto, o resultado diante o Aurora foi ótimo.

Mais uma vez, o foco voltou-se para os gols perdidos; mais uma vez, foi um agüenta coração por mais de 90 minutos. E a vitória, que de inicio era obrigação, tornou-se ainda mais valorizada diante do fato de termos um jogador a menos, fora de casa e na altitude.

Contamos com a sorte? Bom, depende, pois, se levarmos em conta a total falta de sorte nas duas bolas na trave que teriam matado o jogo de imediato, notaremos que não foi SÓ sorte que fez o Grêmio sair vitorioso. O frango pode ter sido escandaloso, mas a expulsão de Jonas foi ainda pior – méritos para o zagueiro que teve mais espírito de Libertadores e puxão de orelha no Jonas, para que aprenda que, além de fazer gols, também é preciso ter a "manha da coisa".

Agora, mais do que nunca, o Grêmio deve usar o Gauchão apenas como treino. Nitidamente, não temos plantel pra querer jogar duas competições simultâneas com tudo, o tempo de treinamento é pouco, o time gira em torno dos mesmos principais jogadores e os tempos também são outros. Portanto, não venham comentar sobre a época que Felipão jogava tudo e ganhava tudo. Afinal, nem time pra enfrentar o Grêmio aqui no Rio Grande tinha.

Três vitórias nos três jogos que ainda restam seriam importantíssimas: se o Grêmio joga muito mais com sua torcida, sendo quase imbatível no Olímpico, temos de trazer os jogos decisivos pra cá.

E para os que perguntam se estou feliz com o Grêmio, eu vos digo: sem sombra de dúvida que eu já estive mais triste. Hoje, ao menos paira a esperança. E com ela, o Grêmio que o impossível eu já vi fazer.

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