terça-feira, 11 de novembro de 2008

VOLTANDO A SER GRÊMIO

Por Felipe Sandrin


Carioca e paulista é tudo mal acostumado: pra eles, qualquer barulho é bala perdida. Semana passada, a imprensa nacional fez questão de enfatizar que nossa torcida invadiu e atrapalhou o treino. Nosso pedido de raça e promessa de não abandono ao time foi visto como violento por alguns pseudojornalistas, principalmente do centro do país.

Discordo daqueles que pensam que papel de torcida é só fora de campo. Gosto de atitude. Pra mim, dirigente que rouba o clube, por exemplo, tem que tomar porrada. Que me perdoem os politicamente corretos, mas sou da chinelagem: grito lá da Geral e meu ponto de vista diz que, sim, existem horas em que temos de parar de dar pulos na Geral e encarar aqueles que nos representam.

Vencemos o Palmeiras e, logo após a partida, pensei o quanto seria injusto não vencermos uma partida dessa forma. Nossa torcida tem sido incrível: me emociono toda vez que penso e vejo nossa dedicação desde o início deste campeonato.

Em dias de chuva, o Olimpico foi nossa casa. Mesmo com quilômetros de estrada a nossa frente, o Grêmio foi nosso maior motivo. Ante o medo, revigoramos nossa fé e, na falta de esperança, recorremos a esta velha dita imortalidade.

Somos o time dos feitos impossíveis, onde nada é por acaso. Baltazar nos disse: "Deus está reservando algo melhor." Há sempre algo maior à nossa espera. E o que muitos chamam de soberba, para nós é consolo. A mentira que por tanto ser repetida torna-se verdade.

E assim vivemos, surpreendendo aqueles que esquecem que, mais cedo ou mais tarde, o Grêmio volta a ser Grêmio.

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