terça-feira, 25 de novembro de 2008

LEMBREM-SE DE BALTAZAR

or Felipe Sandrin


No dia 18/11/2008, eu escrevi em minha coluna:
"Diante do Coritiba, não lotamos o estádio pela vitória, mas sim pelo milagre: conseguimos vencer não porque acreditávamos, mas sim porque temíamos o pior. Se formos para o jogo de domingo como favoritos, o campeonato acabará, tomaremos um sacode e, anotem ai, não vai ser 1 a 0, não. Seremos goleados por um time sem pretensões no campeonato.

Toda vez que achamos que o Grêmio é capaz de conquistar este título, transmitimos tal pensamento para os jogadores, e eles acabam acreditando em nossa mentira. Eles acabam pensando que jogam mais do que realmente jogam e ai eles acabam não jogando nada".
O que vimos no jogo deste domingo foi fácil ser descrito: as máscaras caíram, e o jogadores paraguaios também. Para aqueles que jogam a culpa somente em Celso Roth, que abram os olhos: ele pode até ser "cagado pelas moscas", mas foi um dos menos responsáveis pelo que vimos dentro de campo.

Restou-me agradecer ao São Paulo por ter vencido seu jogo. Desta forma, a derrota dói menos. Ela mostra que cada qual ficou em seu lugar neste campeonato, e o Grêmio limitado fez mais do que todos esperávamos: conseguiu usar de feitos que só o Grêmio faz para arrancar uma vaga na Libertadores.

Ao término do jogo, olhei para o céu; ele estava azul, pássaros ainda cantavam e carros ainda passavam em ritmos que vão além do futebol. Lembrei de Baltazar dizendo que Deus guardava algo melhor para nós.

Minha vontade é de chorar, mas não de ser menos gremista. Chorando, eu apenas mostro o quanto amo este clube; morrendo, eu perderia tudo que ainda está por vir. E acreditem em mim e em Baltazar: Deus reserva algo muito melhor para nós.

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